Sobre o projeto
Espaço em potencial para oferta cultural por meio do prazer da leitura de atividades de contação de histórias, do acesso às narrativas de diferentes autores. Bem como uma oferta operacional da mobilização de atores diversos para realizar ações que contribuam para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência por meio do manuseio de livros com diferentes suportes textuais e diagramações; oferta de recursos para o mundo do trabalho sendo espaço para jovens aprendizes com deficiência; bem como oferta para um possível centro de convivência.
O projeto Salas de leitura Inclusivas encontra-se em processo de execução. Etapas:
1. Seleção das instituições
Ao longo do processo de visitação das instituições pré-selecionadas, dois critérios apontaram serem muito valorosos para a identificação das instituições parceiras: a metragem mínima para acomodar toda a estrutura de acessibilidade e interação e a disponibilidade da instituição em promover ações voltadas para a comunidade, um dos princípios da inclusão. Sendo assim, a Obra Social Dona Meca e a Fundação Amélia Dias_FAMAD foram as instituições contempladas inicialmente.
Ambas localizadas em Jacarepaguá, a Obra Social Dona Meca é uma Instituição que atua há 25 anos com o objetivo de trabalhar na reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência entre 0 a 12 anos com deficiências. A FAMAD é uma instituição que presta assistência a crianças, adolescentes e suas famílias, com a sensibilidade em apoiar os familiares a construírem uma renda extra. Seus atendimentos são personalizados e baseados em cada necessidade e capacidade recuperativa individuais. Atuam no modelo interdisciplinar com diversas especialidades.
2. Roda de Conversa
As Rodas de Conversa consistem em um método de participação coletiva de debate acerca de determinada temática em que é possível dialogar com os sujeitos, que se expressam e escutam seus pares e a si mesmos por meio do exercício reflexivo. Os encontros das rodas de conversa no projeto da sala de leitura inclusiva se referem como espaço de construção de acessibilidade e interação. A primeira roda de conversa ocorreu no Palácio da Cidade, com crianças e adolescentes com e sem deficiência, tendo como temática o projeto da sala de leitura e a contação de histórias coletiva com suportes mediados. Nesse encontro, os jovens puderam expor seus anseios e expectativas em relação a vivência realizada, bem como sugerir possibilidades para qualificação do projeto, como: a importância do dinamizador do espaço, o acervo bibliográfico com diferentes linguagens, temáticas específicas para os livros.
3. Execução da reorganização do espaço físico
As duas salas passaram por uma remodelagem de seus espaços físicos, em relação a pontos de rede, instalações elétricas e hidráulicas, assim como pintura para acomodação do material adaptado para o acesso a literatura acessível. Cada adaptação foi balizada num projeto arquitetônico próprio para a realidade de cada instituição.
4. Acessibilização do acervo bibliográfico
Considerando o livro, aparato cultural de mediação e acesso à cultura, à informação e ao conhecimento, fundamental para o desenvolvimento reflexivo e crítico do sujeito, o acesso a este instrumento de mediação é de fundamental importância à pessoa com deficiência. A não disponibilização do livro em formato acessível, para além de se constituir em crime de discriminação, alija a pessoa com deficiência da possibilidade de ampliar seu conhecimento intelectual e de mundo.
O processo de acessibilidade do acervo bibliográfico se efetivará na parceria com grupos de pesquisa de universidades cujas temáticas se insiram no hall de direitos às pessoas com deficiência, tendo a assessoria da RIOinclui por meio de acompanhamento pedagógico.
Salas de leitura inclusivas nas instituições parceiras:
- FAMAD
- Lar de Daniel Cristóvão
- Instituto Consuelo Pinheiro
- Obra Social Dona Meca
- Casa da Convivência Nossa Senhora Mae do Belo Amor

